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Panorama do estado nutricional de iodo é tema de congresso de endócrinos

Panorama do estado nutricional de iodo é tema de congresso de endócrinos

As estratégias precisam ser regionalizadas

O iodo é a matéria-prima da tireoide

#EBT2018

 

O Nordeste brasileiro apresenta dados próximos do excesso de consumo de iodo. É o que revela a Pesquisa Nacional para Avaliação do Impacto da Iodação do Sal, publicada em dezembro de 2016, que traça o panorama do estado nutricional de iodo no Brasil.

“São considerados cálculos medianos para afirmar se a população de determinada região tem deficiência ou excesso de iodo. O que apresentou a maior mediana foi a região Nordeste, com 298.80µg/l (microgramas por litro), que é o número que se aproxima do valor de referência de 300µg/l. Acima disso já é considerado excesso de consumo de iodo. A região que apresentou menor mediana foi o Sul, com 248µg/l”, explica o Dr. Helton Estrela Ramos, endocrinologista que vai palestrar sobre “O panorama do estado nutricional de iodo no Brasil: onde é preciso avançar”, durante o 18° Encontro Brasileiro de Tireoide.

O iodo é a matéria-prima que a tireoide utiliza pra produzir os hormônios T4 e T3. A falta ou carência de iodo pode levar a uma diminuição na síntese dos hormônios tireoideanos, levando ao hipotireoidismo, em variados graus (subclínico e clínico) além de implicar em maiores chances de bócio endêmico (o aumento do volume da tireoide).

“Sem falar no hipotireoidismo em gestantes, que pode levar a sérias complicações obstétricas, parto prematuro e até aborto. Para o feto, há consequências neurológicas muitas vezes irreversíveis, além de retardo no crescimento e no desenvolvimento do sistema nervoso central”, explica Dr. Helton.

O excesso de iodo também é prejudicial pra saúde: aumenta o riso de Tireoidite de Hashimoto, que é uma doença autoimune da tireoide, além de estar correlacionado com o aumento dos casos de câncer da tireoide.

Com dados coletados entre 2008 e 2014, a pesquisa percorreu 477 municípios, avaliando 18.978 crianças escolares de seis a 14 anos, provenientes de colégios públicos e particulares de todo Brasil. A mediana nacional foi de 276,75 µg/l de iodo na urina. Esse valor permite concluir que a situação do iodo no país em crianças avaliadas está no nível ‘mais que o adequado’.

Mas a pesquisa releva uma prevalência alta de deficiência de iodo na região Norte, especialmente no Amazonas e Maranhão, que chega a ter 23,8% da população exposta à deficiência de iodo. “Com esses dados podemos desenvolver planos e estratégias para combater deficiência de iodo nessas regiões. Como o Brasil tem dimensão continental, vários outros fatores podem interferir no consumo de iodo. Na minha opinião, as estratégias devem ser diferentes para cada região”, declara o médico.

Para os endocrinologistas, ainda há necessidade de mais estudos que tenham representatividade nacional e que possam fornecer dados relevantes sobre o estado nutricional de iodo em populações específicas como crianças, gestantes e idosos. A maioria dos estudos foi realizada antes de 2013 quando a Resolução RDC reduziu a iodação do sal de cozinha brasileiro. “É preciso avançar nos projetos de pesquisa para medição de iodo urinário na população para sempre monitorar o panorama do estado nutricional”, conclui o médico.

 

Onde achar iodo – A principal fonte de iodo é o sal de cozinha, encontrado nas refeições, cuja iodação é fiscalizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). E atenção: o sal deve ser adequadamente guardado e armazenado, pois o calor e a umidade elevados podem levar à perda de concentração de iodo.

Alimentos derivados do mar, como peixes e crustáceos, também são boas fontes além do sal. Populações que crescem longe de áreas litorâneas ou cujos alimentos são cultivados em solo pobre vão apresentar maior de deficiência de iodo.

‘Avanços na Genética dos tumores pediátricos e implicações clínicas’, ‘Disfunção tireoidiana no idoso – Quando e como tratar’, ‘Efeitos dos hormônios tireoidianos no metabolismo lipídico, glicídico e no coração’, ‘Reflexos moleculares e metabólicos da ação dos desreguladores endócrinos’, são alguns dos temas que estarão em discussão durante o 18° Encontro Brasileiro de Tireoide, evento multidisciplinar e interativo que vai ocorrer de 19 a 22 de abril, em Campos do Jordão.

O encontro será aberto para profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação e para atuantes nas áreas de Ciências Biológicas e da saúde, que tenham interesse na glândula tireoide.

As inscrições para o XVIII Encontro Brasileiro de Tireoide já estão abertas e podem ser realizadas no site do evento www.ebt2018.com.br.

 

 

XVIII ENCONTRO BRASILEIRO DE TIREOIDE

DATA: de 19 a 22 de abril

Local: Campos do Jordão Convention Center,

Endereço: Av. Macedo Soares, 499 – Capivari, Campos do Jordão – SP

Horário: a partir das 8 horas

Mais informações: www.ebt2018.com.br

Credenciamento para imprensa: imprensa@gengibrecomunicacao.com.br

 

Sobre o EBT

O Encontro Brasileiro de Tireoide – EBT é um evento organizado pelos endocrinologistas membros do Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia com o objetivo de atualização clínica, divulgação científica e promover o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os profissionais que atuam na área.