Doença pulmonar obstrutiva crônica é um dos desafios no atendimento ao idoso
Patologia é subdiagnosticada na rede pública
Reação a medicamento, dermatite de contato, rinite e urticária estão entre as doenças alérgicas que mais afetam os idosos, porém a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) também podem ser recorrentes nessa fase da vida. A asma pode ter tido início na infância e permanecer na idade adulta. Não é habitual surgir na terceira idade, mas pode acontecer. Já a DPOC é mais comum nessa faixa etária, principalmente em quem teve contato com tabaco, de forma ativa (fumante) ou passiva (convive com fumante).
No Brasil há poucas estatísticas, porém, a prevalência de asma entre os idosos de distintos países é de 2% a 17%. ““Em 2013, no serviço de Alergia do Hospital do Servidor do Estado de São Paulo, que atende muitos pacientes com mais de 60 anos, um estudo nesta faixa etária mostrou alguns dados: no grupo de idosos avaliados, a prevalência de doenças alérgicas respiratórias foi comum, vista em 54,8% dos pacientes.
O diagnóstico mais prevalente foi de asma brônquica associada à rinite alérgica, em 51,7%. A maioria dos pacientes idosos que procuraram atendimento apresentavam doença alérgica respiratória, eram do gênero feminino e idade entre 60 e 69 anos. O início dos sintomas antes dos 60 anos de idade, foi visto na maioria, e cerca de 25% deles passaram a apresentá-los após essa idade. A comorbidade mais prevalente foi HAS, em concordância com dados da literatura atual”, conta a Dra. Maria Elisa Bertocco Andrade, especialista palestrante do 45º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, com o tema “Desafios no Atendimento ao Idoso”.
Além das crises de exacerbação com falta de ar, restrição de atividade do dia a dia, existe o risco de infecção e complicações pós-respiratórias em ambas doenças, sendo que na DPOC pode haver também comprometimento cardiovascular, o ‘cor pulmonale’ (uma forma de insuficiência cardíaca).
O tratamento com o paciente idoso é – basicamente – o mesmo do adulto, inclusive com imunoterapia, mas é preciso estar atento às interações medicamentosas. “A DPOC é subdiagnosticada no idoso e esse recebe um tratamento incompleto na rede pública. Tem muito a ser feito para que se chegue ao ideal”, comenta Dra. Maria Elisa.
“Alergia e Imunologia na Era da Medicina de Precisão” é o tema central do 45º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, organizado pela ASBAI.
45º. Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia
Alergia e Imunologia na Era da Precisão
Data: de 20 a 23 de outubro
Local: Sheraton Reserva do Paiva – Recife
Inscrições: www.congressoalergia2018.com.br/inscricoes/index.php#topo
Sobre a ASBAI
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.
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