Afinal o que é e para que serve a hipófise?

Afinal o que é e para que serve a hipófise?

Conheça as principais doenças relacionadas a essa glândula

 

Conhecida também como pituitária, a hipófise é uma glândula localizada na base do cérebro que tem a função de regular o trabalho das glândulas suprarrenal, tireoide, testículos e ovários, produzir o hormônio importante para a lactação (prolactina), o hormônio do crescimento, o hormônio antidiurético e o hormônio chamado oxitocina, importante para o trabalho de parto.

“Várias doenças podem acometer a hipófise, levando à diminuição ou produção excessiva de seus hormônios. Geralmente, as alterações são causadas por nódulos na hipófise que podem variar desde nódulos acidentais que não produzem hormônios (adenomas clinicamente não funcionantes) até nódulos produtores que podem levar a quadros clínicos específicos”, explica Dr. Felipe Henning Gaia Duarte, endocrinologista diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

Adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes, acromegalia, doença de Cushing, prolactinoma, diabetes insípidus (diferente do diabetes mellitus) e hipopituitarismo são algumas das principais doenças da hipófise.

Cada doença apresenta um conjunto de sintomas, como por exemplo:

Adenomas clinicamente não funcionantes: dor de cabeça, perda de parte do campo de visão e aumento discreto da prolactina;

Acromegalia: crescimento de mãos e pés, alargamento da região frontal e da testa, queixo proeminente, espaçamento entre os dentes e perda dentária, aumento do volume do tórax, nariz e dos lábios;

Prolactinoma: alterações no ciclo menstrual, baixa de libido, saída de leite pelo peito;

Doença de Cushing: aumento de gordura no abdômen, perda de massa muscular com afinamento dos membros, rosto arredondado com aspecto de lua cheia, pele mais fina e sujeita a sangramento, além de alterações metabólicas como diabetes e hipertensão;

Diabetes insípidus: urina aumentada, geralmente mais de 3L por dia, associado à sede intensa, mesmo à noite quando está dormindo.

“O tratamento também varia de acordo com a doença diagnosticada, podendo ser feito com medicamentos específicos, cirurgia ou mesmo radioterapia. Qualquer sintoma que envolva alterações metabólicas, ou seja, no funcionamento normal do organismo, deve ser avaliado por um endocrinologista”, conclui Dr. Felipe.