Câmbio não pode ser fator de impedimento para investir no exterior

Câmbio não pode ser fator de impedimento para investir no exterior

Brasil representa 3% dos investimentos imobiliários estrangeiros nos EUA

Devido a crise político-econômica brasileira muitos investidores decidem adiar algumas tomadas de decisões e uma delas está relacionada ao investimento em imóveis internacionais, justamente por causa da oscilação do dólar.

Mas especialistas afirmam que investir agora em dólar é uma boa alternativa para proteger o patrimônio e ainda sair no lucro. As eleições no Brasil podem dar um norte para a moeda e o mercado financeiro está de olho em quem encabeça as pesquisas e, por isso, a dica de analistas é investir neste momento em dólar, porque se ele está alto pode subir ainda mais, caso haja alguma surpresa nas urnas.

Daniel Rosenthal, diretor do InvestUSA360, plataforma online que assessora quem busca investir em imóveis nos Estados Unidos, disse que viu muitas pessoas adiarem a compra do imóvel em terra americana e perderem dinheiro.

“Tenho o caso de um cliente que estava comprando um imóvel nos EUA em maio de 2017 no valor US$ 330 mil. Nessa época, o dólar estava em R$ 3,23 e ele decidiu que iria esperar o dólar baixar. Em maio deste ano a moeda bateu R$3,70. Ele deixou de ganhar US$45 mil em rendimentos, sem contar a valorização do patrimônio nesse período”, exemplifica Rosenthal.

Depois da crise americana de 2008 e com as normas rígidas de compliance estabelecidas, os imóveis passaram a ser uma opção segura de diversificação de moeda. “Quem investe hoje em imóveis nos EUA tem a certeza que terá o retorno e que conseguirá alugar e vender o imóvel quando quiser. E não só em imóveis, mas em qualquer papel, já que é o mercado mais sólido do mundo”, disse Gilberto Riberio, executivo de contas da FAIR Corretora de Câmbio, que acrescenta: “A minha orientação é não esperar o dólar baixar a R$ 3,30 porque isso não vai acontecer. O momento de investir é agora para ter rentabilidade garantida. O câmbio não pode ser fator de impedimento para investir no exterior”.

Hoje, um imóvel nos Estados Unidos, valoriza, em média, 6% ao ano, podendo chegar a até 8% e com uma taxa de ocupação perto de 80%. Alguns produtos valorizam até mais que 6%, de acordo com analistas. Essa desistência de deixar de investir por causa do dólar alto está fazendo com que muitos investidores deixem de ganhar em rentabilidade e valorização do imóvel.

Segundo dados da National Association of Realtors, a maior associação de corretores de imóveis do mundo, no período de abril/17 a maio/18 os EUA comercializaram US$ 1.6 trilhões em propriedades. Cerca de 8% desse valor, US$ 121 bilhões, são propriedades residenciais compradas por estrangeiros.

O PIB Americano vem registrando alta de 2,7% nos últimos anos e a previsão é que esse em 2018 chegue a quase 4%. Quando o mercado está em baixa, os investidores procuram por proteção e países com moeda forte e estáveis são o foco para diversificar a carteira. Em média 15% a 20% do total do patrimônio deve ser internacionalizado e ‘dolarizado’, de acordo com especialistas.

Quem é o investidor – Segundo o diretor da plataforma InvesteUSA360, a maioria dos investidores que buscam imóveis para investir não é do perfil profissional, que está focado apenas em resultados, mas sim um investidor que além de desejar obter rendimento também usa a casa para férias da família, e, por isso, quando pensa em investir quer conhecer a casa pessoalmente, ao contrário do investidor profissional.

O Brasil representa 3% dos investimentos imobiliários estrangeiros nos EUA e a China 15%, ou seja US$ 30.4 bilhões dos investimentos imobiliários estrangeiros são dos chineses, sendo o Prime (primeira residência) o mais procurado por eles. “Tem muitos chineses se mudando para os EUA. Para se ter uma ideia, a fila de espera para a obtenção do visto EB-5 para os chineses é de 15 anos. Isso porque essa categoria de visto é dividida por cota/países. Já a maioria dos brasileiros busca obtenção de renda, e a preferência são as Single Family, casas em condomínio. É o perfil híbrido – quer renda e usar o imóvel ao mesmo tempo”, explica Rosenthal.

“Primeiramente, é preciso o investidor entender como funciona o mercado dos Estados Unidos: como é feita a contabilidade, como funciona a estrutura jurídica e contábil e como é o processo para adquirir um imóvel. É tranquilo, as regras são claras e iguais para todos desde que o investidor esteja bem assessorado. Existem muitas empresas idôneas que prestam esse tipo de assessoria, proporcionando uma boa experiência de investimento”, explica Ribeiro.

Sobre Daniel Rosenthal – Empreendedor do segmento imobiliário internacional, Daniel Rosenthal ficou conhecido pela Investir USA Expo, voltado para imóveis no exterior, o maior evento do segmento no Brasil. Atualmente, o empresário é diretor da InvestUSA360, plataforma que reúne especialistas internacionais parceiros nas áreas de imigração, imóveis, investimentos, câmbio, financiamento, impostos e gerenciamento de propriedades, para responder dúvidas e prosseguir com os diferentes processos relacionados a morar ou investir nos EUA. Também é o criador da plataforma Corretor Global e Diretor da Casabranca Negócios Imobiliários.