Pesquisa desvenda um dos fatores implicados no maior risco de diabetes em mulheres com síndrome do ovário policístico

Pesquisa desvenda um dos fatores implicados no maior risco de diabetes em mulheres com síndrome do ovário policístico

Estudo conduzido por endocrinologista de São Paulo mostra relação com componente genético

Estudo conduzido por endocrinologistas de São Paulo investigou as causas genéticas da síndrome dos ovários policísticos (SOP). O achado identificou o DLK1 como um gene que faz elo entre a SOP e a resistência insulínica.

Já está demonstrado que o componente genético responde por cerca de 75% das causas da SOP, porém, os genes implicados na patogênese são pouco conhecidos. “Resolvemos fazer esse estudo para descobrimos mecanismos de doenças e mesmo potenciais alvos terapêuticos. O achado foi uma alteração danosa no gene do DLK1, revelando que as pacientes com deficiência desse gene tinham menstruação precoce, obesidade, diabetes, dislipidemia e síndrome dos ovários policísticos com maior frequência, sugerindo que o DLK1 é um fator que afeta o eixo reprodutivo e metabólico”, conta a Dra. Larissa Garcia Gomes, endocrinologista que conduziu a pesquisa e umas das palestrantes do 13° Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia – COPEM, organizado pela SBEM-SP, que acontece de 16 a 18 de maio, no Centro de Convenções Frei Caneca e espera reunir 1.500 pessoas.

Esse estudo ganhou o prêmio de melhor trabalho científico do Congresso Internacional de Endocrinologia 2018 e foi publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism.

SOP – A síndrome dos ovários policísticos é uma doença complexa, que envolve aumento da produção de testosterona pelos ovários levando ao quadro clínico de hirsutismo, alteração na produção dos hormônios FSH e LH pela hipófise resultados em anovulação (clinicamente a mulher tem irregularidade menstrual), e a presença de resistência insulínica com consequente maior presença de insulina no sangue. O quadro de resistência insulínica por sua vez piora o hirsutismo e é um forte marcador do risco de diabetes. Essas manifestações clínicas se apresentam de forma relativa, com determinados achados se manifestando com maior ou menor intensidade.

O gene do DLK1 produz uma proteína de mesmo nome produzida tanto no tecido adipodo quanto no hipotálamo, região reguladora da hipófise e eixo reprodutivo. Logo, a perspectiva dos pesquisadores é, a partir de agora, entender como o gene DLK1 faz essa conexão entre tecido adiposo e hipotálamo. “As pesquisas básicas são apenas o começo, sendo infindáveis as perguntas que persistem e nos motivam a continuar pensando diariamente, a fim de oferecer um tratamento mais assertivo e individualizado às nossas pacientes”, conclui a especialista.

Avanços em pesquisa do diagnóstico ao tratamento de doenças endócrinas, com ênfase no dia a dia do endocrinologista, estão entre os  destaques  do 13° COPEM. geneticista Mayana Zats é uma das convidadas e abordará os dilemas da ética médica na era do genoma.

13° Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia

Quando: De 16 a 18 de maio de 2019

Horário: A partir das 8 horas

Local: Centro de Convenções Frei Caneca

Endereço: Rua Frei Caneca, 569 – Cerqueira César – São Paulo – SP

Informações: http://www.copem2019.com.br

 

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A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais moléstias tratadas pelos endocrinologistas.

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