Estudo mostra que pacientes submetidos à cirurgia endoscópica de coluna têm rápida melhora na qualidade de vida

Estudo mostra que pacientes submetidos à cirurgia endoscópica de coluna têm rápida melhora na qualidade de vida

Pesquisa científica indica melhora funcional e dos sintomas de dor 48 horas após a cirurgia

 

Com objetivo de determinar o tempo de alta hospitalar e o período de melhora funcional de pacientes submetidos à discectomia endoscópica percutânea lombar (DEPL), 32 pacientes foram avaliados em estudo desenvolvido por Instituto Amato e Clínica SOU, de São Paulo. Todos tiveram alta hospitalar em até seis horas e houve melhora significativa dos sinais e sintomas em 48 horas, com evolução progressiva até o terceiro mês.

O estudo envolveu 21 homens e 11 mulheres, com idade entre 21 e 77 anos. “Em nenhum dos casos foi necessário reinternação ou cirurgia complementar. Dois pacientes apresentaram reherniação discal que melhoraram espontaneamente. Entre as cirurgias minimamente invasivas da coluna, as vantagens da DEPL são anestesia local, preservação das estruturas paraespinhais e mínima dor no pós-operatório”, explica o médico neurocirurgião Dr. Marcelo Amato, um dos autores do estudo e referência na DEPL no Brasil.

Nessa cirurgia é utilizado um endoscópio associado a uma câmera pelo qual o neurocirurgião acessa o local, remove a hérnia de disco ou outra lesão, e descomprime as estruturas neurais, com dano mínimo às estruturas da coluna, preservando ao máximo as articulações, ligamentos e musculatura, através de uma incisão de 0,8mm a 1 cm, que é fechada com um ponto e recebe um pequeno curativo.

Apesar de a ANS ter aprovado a cirurgia endoscópica de coluna apenas para hérnia de disco lombar, a técnica é vantajosa para diversas doenças da coluna que causam compressão dos nervos, como osteófitos (bico de papagaio), estenoses, cistos e tumores, além das hérnias de disco em outras regiões além da coluna lombar, como a coluna cervical e torácica. “Seguindo o que já acontece em países como os Estados Unidos e a Alemanha, certamente, no futuro, a técnica estará no rol da ANS para essas outras doenças também”, comenta Dr. Marcelo Amato.

Como o procedimento é simples e exige apenas um corte pequeno, o trauma cirúrgico é mínimo e a recuperação é extremamente rápida, como relata o estudo, havendo redução do tempo de afastamento do trabalho, sendo este um objetivo da ampliação da cobertura pelos planos de saúde.

“Na endoscopia, o olho do cirurgião vai para dentro do paciente através do endoscópio, exatamente onde está o problema. Na cirurgia convencional, o paciente precisa ser aberto e aí, pode-se não usar magnificação nenhuma, ou então o método de magnificação pode ser uma lupa, um microscópio ou até mesmo um endoscópio. Neste último caso, a cirurgia também leva o nome de endoscopia, porém de endoscopia assistida. A cirurgia endoscópica da coluna a que nos referimos, é feita com irrigação, como em uma artroscopia de joelho ou de outra articulação, e tem também o nome de ‘endoscopia total’ para diferenciar dessa outra técnica. A visão do problema é melhor e, portanto, mais confortável para o cirurgião, mais seguro e eficaz para o paciente”, explica Dr. Marcelo Amato.

 

Dados brasileiros

Problemas na coluna são a 3ª causa de aposentadoria por invalidez no Brasil, de acordo com o INSS, e requer mais tempo para ser descoberto pela Previdência Social. A entrada da endoscopia de coluna assim como de outras técnicas avançadas de tratamento das doenças da coluna no Rol da ANS pode trazer economia significativa para a Previdência, ao tratar os pacientes de forma mais rápida e eficaz, permitindo menor tempo de afastamento e reduzindo os pagamentos de auxílio-doença e aposentadorias antes da idade limite.

O neurocirurgião especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de coluna acredita que os pacientes irão se beneficiar bastante com a entrada dessa cirurgia no Rol da ANS: “A procura pelo procedimento está crescendo e, provavelmente, continuará até que não se fale mais em cirurgia convencional/aberta para algumas doenças da coluna, como hérnia de disco. As pessoas entenderão que a cirurgia endoscópica está para a coluna assim como a artroscopia está para o joelho, por exemplo. Além disso, com a entrada no Rol da ANS, ficará mais acessível a todos. Antes, muitos pacientes acabavam tendo que pagar particular porque não a conseguiam pelo convênio”.

 

Sobre Dr. Marcelo Amato – Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010.

Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros. É diretor do Centro Cirúrgico do Amato – Hospital Dia.

 

Serviço:

Site:  www.neurocirurgia.com

Instagram: https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

YouTube: http://bit.ly/MarceloAmato