Deformidades mamárias requerem cirurgias específicas

Deformidades mamárias requerem cirurgias específicas

Em adolescentes, procedimentos estão indicados após o fim da puberdade

A cirurgia plástica nas mamas vai além da estética e pode ser indicada para as deformidades que acometem essa região, podendo causar impactos importantes, com prejuízos sociais, psicológicos e laborais. As deformidades mamárias podem ser congênitas ou adquiridas.

Entre as deformidades adquiridas estão aquelas causadas por sequelas ou complicações de traumas, cirurgias (estéticas, reconstrutivas ou reparadoras) e infecções (mastites).

Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia plástica (SBCP), explica que as anomalias congênitas podem se apresentar em diferentes formas e para cada uma delas há uma indicação específica de cirurgia plástica:

  • Politelia, Polimastia e Mama Acessória: são termos utilizados para referir ao tecido mamário, com ou sem a presença do mamilo e aréola, habitualmente localizados ao longo da linha embriológica do leite, que se estende desde a região inguinal até à região axilar. Muitas vezes associado a um componente gorduroso importante. O tratamento pode ser com lipoaspiração e até com ressecção direta.
  • Deformidade Torácica: Devem ser observadas no exame físico mamário por influenciar diretamente no formato das mamas. As mais conhecidas são pectus scavatum e pectus carinatum, mas o mais comum são pequenas alterações na projeção das costelas. A correção dependerá do defeito, que, se for mais sutil, poderá ser ignorado ou corrigido com pequenos enxertos de gordura. Nos casos mais deformantes pode ser necessário o envolvimento da equipe de cirurgia torácica.
  • Atelia: Quando há ausência de mamilo. A reconstrução é semelhante a reconstrução de papila e aréola em casos de mastectomia.
  • Amastia: É a ausência de tecido mamário. A reconstrução segue os princípios da reconstrução de pacientes que fizeram mastectomia, podendo ser utilizados implantes mamários.

“Quando a deformidade mamária é bilateral, pode estar associada a outras anomalias congênitas. Se unilateral é uma das manifestações da síndrome de Poland, que consiste na hipoplasia do músculo peitoral associada a deformidade da parede torácica e anomalias dos dedos ou mão do mesmo lado”, explica Dr. Amato.

O especialista ainda destaca outras, como:

  • Mama Tuberosa: Variante do desenvolvimento mamário, quando a base da mama é limitada e a aréola e o mamilo estão superdesenvolvidos. A mama, geralmente, fica com um formato cilíndrico. O tratamento pode ser feito com mastopexia e/ou lipoenxertia e/ou prótese de mama.
  • Mamilo Invertido: É uma condição relativamente comum, que pode não ter interferência na amamentação e sensibilidade local na maioria dos casos. Mesmo assim, pode gerar desconforto estético e psicológico na mulher. Pode ter causa adquirida, proveniente de algum trauma local e câncer de mama. O tratamento é variado, com liberação da fibrose local, realização de pontos para estruturação do mamilo e até a realização de retalhos locais e enxerto de gordura.
  • Assimetria Mamária: É comum as mamas apresentarem algumas diferenças entre elas, mas algumas vezes essa diferença fica muito a vista, causando desconforto na mulher em diferentes graus. Para esses casos, pode melhorar com tratamento cirúrgico e cada mama pode ter uma indicação de cirurgia diferente: mamoplastia redutora, mamoplastia com ou sem prótese, mamoplastia de aumento com prótese e até mesmo correção com lipoaspiração e enxerto de gordura.
  • Nódulos Mamários: A grande maioria dos nódulos mamários não são malignos. Necessitam de investigação médica, que normalmente é complementada por mamografia, ultrassom de mamas e, em alguns casos, biópsia e ressonância magnética. Mesmo excluído o câncer de mama é válido lembrar que os nódulos às vezes são palpáveis e geram incômodo. Podendo ser tratados cirurgicamente. Para estes casos, as pacientes podem contar com o mastologista e o cirurgião plástico para a reconstrução das mamas.

“Por ter um desenvolvimento dependente, principalmente, das influências hormonais da puberdade, muitas anomalias mamárias aparecem na adolescência, como a ginecomastia e a hipertrofia mamária. Porém, esses tipos de cirurgias plásticas para essa faixa etária      são indicados, preferencialmente, após o término do desenvolvimento das mamas e, se possível, depois dos 18 anos de idade por questões legais.

 

Sobre o Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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