“Buscamos estender conhecimentos e informações além do consultório médico”

“Buscamos estender conhecimentos e informações além do consultório médico”

  • ADIABC registra queda de 65% nas doações durante a pandemia
  • A ONG presta ajuda para mais de 1.000 pessoas
  • 14/11 é o Dia Mundial do Diabetes

“Por meio de uma agenda de eventos e ações de arrecadação de insumos básicos para o paciente com diabetes, nossa missão é estender os conhecimentos e as informações sobre esta doença crônica para além dos consultórios”, comenta Dr. Marcio Krakauer, endocrinologista fundador e presidente da Associação de Diabetes do  (ADIABC) organização não governamental que há 23 anos presta suporte à população mais carente do ABC paulista. Atualmente a ADIABC alcança através de doação de insumos e medicamentos mais de 1000 pessoas.

Segundo Dr. Krakauer, que é médico especialista em diabetes, os custos básicos para cuidar da doença podem chegar de R$ 3 mil a R$ 4 mil reais por mês. O diabetes acomete mais de 463 milhões de pessoas em todo mundo e existe uma estimativa da Federação Internacional do Diabetes de que esse número de pessoas cresça 50% em apenas 10 anos.

“Em 2019 doamos 85 bombas de insulina e insumos para as bombas (insulina, tiras, cateter, reservatório, pilhas, baterias). As doações de insulina, por exemplo, aconteciam semanalmente, em torno de 250 por semana. Mas com a pandemia vimos os recursos avindos de doações diminuírem em cerca de 65%”, comenta Eliete Aleixo Gnan, coordenadora da ADIABC há 17 anos. Ela conta que o movimento para pedir doações parte principalmente dos grupos de WhatsApp e que os serviços da ADIABC acabam se estendendo para fora da região do ABC Paulista, incluindo Baixada Santista, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e cidades do Nordeste

Quando uma pessoa é diagnosticada com diabetes a rotina de toda família muda, já que são necessários novos hábitos alimentares e mudanças no estilo de vida para controlar a doença. “Quando o paciente tem o diabetes tipo 1, a insulina representa a vida para essa pessoa e são muitas decisões a serem tomadas durante um único dia para monitorar a glicemia e seguir corretamente o tratamento. Por isso que além dos insumos necessários como agulhas, fitas de medição de glicose, medicamentos orais, bomba de insulina, a própria insulina, alimentação balanceada e local seguro para atividade física também é necessário um apoio psicológico a este paciente e seus familiares”, pontua Dr. Krakauer.

A ADIABC tem o principal papel de levar informação baseada em Ciência a respeito de prevenção, diagnóstico, tratamento do diabetes, por meio de uma equipe multidisciplinar em Saúde que busca apresentar o diabetes como a oportunidade de optar por uma vida mais saudável, evitando complicações com um bom controle da glicemia. “Temos o objetivo de desmistificar o diabetes, de inserir no dia a dia do paciente a rotina de tratamento de qualidade, como cuidados com os pés, contagem de carboidratos, cuidados com a saúde bucal, atividade física, alimentação equilibrada, acompanhamento médico, forma correta de aplicar insulinas e até como armazenar medicamentos. Nosso maior papel é Educar a pessoa com diabetes, seus familiares e cuidadores para não haver complicações no futuro deste paciente”, finaliza Eliete.

Sobre

A ADIABC – Associação de Diabetes do ABC, foi fundada em 18/10/1998, para estender os conhecimentos e informações sobre o diabetes além do horizonte do consultório médico. Sua criação se deu também como expansão da Casa do Diabético, entidade fundada pelo Lions Clube de Santo André – Campestre nos anos 80. Palestras, reuniões semanais, aulas de ioga, culinária, caminhadas, educação física e a conscientização de crianças e adolescentes são os trabalhos desenvolvidos pelos médicos e os cerca de 150 voluntários da Organização Não Governamental. A ONG opera 100% mediante doações e ação de voluntariado para, além de fomentar a educação sobre o diabetes, distribuir insumos necessários aos cuidados da doença para a população mais carente do ABCD Paulista.