Aquecimento global está relacionado a mais produção de pólen e prejuízos à atividade física

Aquecimento global está relacionado a mais produção de pólen e prejuízos à atividade física

  • Emissão de gases aumenta crises de asma
  • ASBAI em consonância com entidades médicas internacionais na meta de redução de CO2 na atmosfera

Está comprovado cientificamente que a atividade física é sinônimo de saúde. Porém, devido às mudanças climáticas, o exercício físico também pode colocar a saúde em risco. Isso porque a poluição do ar, especialmente por material particulado e emissão de gases da combustão de diesel, está relacionada ao aumento da prevalência e de crises de asma.

“A prática de atividade física em áreas urbanas aumenta a exposição aos poluentes atmosféricos o que contribui à hiper-reatividade brônquica e o desencadeamento de sintomas, como broncoespasmo induzido pelo exercício. Por isso, o ideal seria praticar esportes ao ar livre e ambiente não poluído”, explica o Dr. Nelson Augusto Rosário, diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Mas então, qual seria o local e horário mais adequados para a prática da atividade física, que pode prevenir as doenças alérgicas? Se por um lado a prática de atividade física é um comportamento que ajuda na prevenção de doenças alérgicas, por outro, deve-se evitar determinados locais  em épocas de alta concentração atmosférica de pólen, como meses de julho e agosto para ciprestes, e o período de setembro a novembro para gramíneas. A maior dispersão de pólen ocorre pela manhã e em dias ensolarados.

“O aquecimento global está diretamente ligado à poluição do ar pelo CO2, responsável pelo efeito estufa. Com isso, as plantas, por promoverem fotossíntese, desenvolvem-se mais, produzem mais pólen, e pólen mais alergênico. Além disso há aumento no período de polinização iniciando-se mais cedo. Para os alérgicos a pólen, isso significa sintomas por mais tempo (não restrito à determinada estação do ano) e sintomas mais intensos”, comenta Dr. Rosário.

O que podemos fazer frente às mudanças climáticas para prevenir as doenças alérgicas/respiratórias?

Para o diretor da ASBAI, a sociedade civil tem que estar engajada em ações para reduzir o desmatamento e os incêndios florestais, na maioria das vezes criminosos. No último Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, realizado no início de novembro, o tema principal foi “Biodiversidade e Doenças Imunoalérgicas” e em mesa redonda com cientistas se discutiu poluição atmosférica, aquecimento, repercussões genéticas e comportamento social, com o entendimento unânime de necessidade de ações para mitigar e conter as consequências em doenças imunoalérgicas.

“As entidades médicas internacionais e a ASBAI, por publicações de seus membros, advogam para que haja maior intervenção de autoridades governamentais em alcançar a meta de redução de CO2 na atmosfera, para ao menos estabilizar o aumento de temperatura e suas consequências nefastas à saúde de seres vivos, pois mesmo assim sabe-se que reduzir a temperatura global vai demorar algumas décadas”, finaliza Dr. Nelson.

 

Sobre a ASBAI

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 23 estados brasileiros.

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