Testes moleculares para nódulos de tireoide devem ser feitos em casos específicos

Testes moleculares para nódulos de tireoide devem ser feitos em casos específicos

Existem dois tipos de testes no Brasil e um deles é 100% nacional

25 de Maio – Dia Internacional da Tireoide

 

Os testes moleculares para nódulos de tireoide são novos no Brasil (cerca de 10 anos no mercado) e devem ser indicados quando o resultado da citologia após uma punção não consegue definir se o nódulo é benigno ou maligno, o que resulta em um nódulo de tireoide indeterminado. “Porém o teste molecular tem uma indicação precisa: deve ser realizado  apenas quando ainda restarem dúvidas sobre malignidade ou benignidade do nódulo, mesmo após avaliação da citologia e do ultrassom do paciente”, afirma Dra. Carolina Ferraz, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

Nódulos classificados como indeterminados correspondem entre 10% a 40% dos achados de nódulos na tireoide. Uma vez necessário e indicado, o teste molecular vai avaliar a informação genética da célula puncionada, e poderá avaliar as mutações e outros achados moleculares como rearranjos gênicos, expressão de RNA e microRNA, que seriam responsáveis pelo câncer de tireoide.

A classificação dos nódulos – Os nódulos de tireoide recebem o diagnóstico de benigno ou maligno de acordo com uma classificação internacional chamada Bethesda, que vai de um a seis:

Bethesda 1 = quantidade insuficiente de células para avaliação

Bethesda 2 = nódulo benigno

Bethesda 3 e 4 = indeterminados, ou seja, não se consegue definir se é benigno ou maligno por meio da avaliação das células

Bethesda 5 = suspeita de malignidade

Bethesda 6 = nódulo maligno

 

Em geral, nódulos de tireoide são mais comuns em mulheres acima de cinquenta anos. “Podemos encontrar nódulo de tireoide também em homens, entretanto o tipo indeterminado independe ser do sexo feminino ou masculino e da faixa etária. Depende muito da técnica da punção e da experiência do patologista que vai analisar as células”, pontua Dra. Carolina.

Existem hoje quatro testes moleculares disponíveis no mundo. Aqui no Brasil, existe um 100% nacional e outro que é coletado aqui, mas a análise é feita nos Estados Unidos. Os testes moleculares não estão disponíveis pelo SUS e são feitos apenas no sistema privado de saúde. No Brasil o custo do teste 100% nacional gira em torno de R$ 4mil e o outro, que é  analisado nos Estados Unidos, fica,  em média, US$ 4.500,00.

 

Sobre a SBEM-SP

A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais doenças tratadas pelos endocrinologistas.

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