Bactérias de cárie podem atingir tecido cerebral

Bactérias de cárie podem atingir tecido cerebral

  • Apesar de raro, o abcesso cerebral pode levar a risco de morte

  O abcesso cerebral é uma doença rara, mas ao mesmo tempo grave e leva ao risco de morte do paciente. As infecções dentárias têm sido relatadas como fontes de bactérias e elas podem dar origem a esse quadro clínico, inclusive, em crianças”, alerta o Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.

Segundo o médico, as bactérias de uma cárie, por exemplo, podem atingir o tecido cerebral por meio da circulação sanguínea. Uma vez instalada neste tecido, a bactéria vai produzir uma reação inflamatória que se torna uma coleção cheia de pus, porque o organismo vai tentar isolar a bactéria.

“O paciente pode se queixar de cefaleia, sonolência, náusea, fraqueza de um lado do corpo e até mesmo ter convulsões”, explica o neurocirurgião. Os exames diagnósticos são comumente a tomografia de crânio e a ressonância magnética, em casos específicos.

Geralmente, o tratamento inicial pode ser feito através da administração de antibióticos, mas, via de regra, é preciso drenar o abscesso através de um procedimento cirúrgico. “Isso é feito através da realização de uma perfuração e um guia como uma cânula, por exemplo, nos leva até o abscesso para podermos esvaziá-lo. O paciente deve ser acompanhado semanalmente com tomografia de crânio. Quando há recorrência do abscesso ou quando ele não tem resolução, podem ser necessárias outras drenagens e até mesmo a remoção do abscesso através de cirurgia”, finaliza Dr. Ricardo.

 

Sobre Dr. Ricardo Santos de OliveiraNeurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do programa de pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia na pós-graduação e tem experiência na área de Medicina com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. É presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (2019/2021). Atua com consultórios em Ribeirão Preto e em São Paulo no Instituto Amato.

 

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