Imunologista faz alerta para vacinação contra poliomielite

Imunologista faz alerta para vacinação contra poliomielite

Cobertura vacinal para pólio no Brasil tem queda de cerca de 30% desde 2015

 

“O número de vacinas vem diminuindo consistentemente ao longo dos anos. Acreditamos em três fatores como causa dessa diminuição na cobertura vacinal: (1) a pandemia colocou o foco e prioridade apenas na COVID (2) há muita desinformação e falta de clareza propagada em relação às vacinas como um todo, e (3) a situação econômica e alta da inflação influenciaram no caso da vacinação em redes privadas, mas há uma queda substancial na aderência das vacinas mesmo na rede pública”, comenta Dr. Fábio Morato Castro, médico alergista e imunologista da USP e diretor da Clínica Croce, que detectou uma queda na aplicação de vacinas de 70,25%, de janeiro de 2020 até setembro de 2022.

Segundo dados do Ministério da Saúde, desde 2015 tem sido detectada uma progressiva queda das coberturas vacinais para poliomielite, podendo levar à formação de grupos de pessoas não vacinadas e possibilitar a reintrodução do vírus da pólio (PVS) e o surgimento de poliovírus derivado vacinal (PVDV). Só em 2021, o Brasil apresentou 69,9% de cobertura vacinal da poliomielite (VIP) em crianças menores que 1 ano de idade, contra uma taxa de 98,3 em 2015.

Também chamada de pólio ou paralisia infantil, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e, nos casos mais graves, provocar paralisias musculares afetando – na maioria das vezes –  os membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.

“Apesar de ausente no Brasil há um bom tempo, não podemos ter uma sensação de falsa segurança em relação à Poliomielite, pois ela já está retornando em outros países do nosso continente. Tudo isso se dá principalmente à baixa cobertura vacinal, então é extremamente importante e necessário a realização da vacinação, que se dá com as doses injetáveis inativadas no esquema inicial no primeiro ano de vida, além dos reforços entre 15-18 meses e entre 4-6 anos. Além disso, existem as campanhas de vacinação para crianças no Ministério da Saúde com a vacina viva atenuada oral, para crianças entre 1 a 4 anos, que ajuda a ampliar esta cobertura vacinal”, explica Dr. José Roberto Pegler, alergista e imunologista pela USP e também um dos especialistas da Clínica Croce.

Sobre a Clínica Croce – Formada por especialistas da USP e UNIFESP, desde 1973 a Clínica Croce oferece diagnóstico e tratamento nas áreas de Alergia, Imunologia, Endocrinologia, além de atuar também nas áreas de Vacinas e Infusões de Medicamentos.

 

 

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