Os perigos escondidos por detrás dos mitos da vacinação

Os perigos escondidos por detrás dos mitos da vacinação

As reações das vacinas podem ser graves? Adultos devem ser vacinados? A vacina da gripe causa a doença? A Dra. Ana Paula Moschione Castro, Doutora em Pediatria, especialista em Alergia e Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e diretora da Clínica Croce, tira as dúvidas que existem em torno das vacinas.

  • Vacinas causam autismo.

MITO! E um mito bem perigoso. Estudos científicos sérios foram realizados e não mostraram essa relação do espectro do transtorno autista e vacinas. Essa fake news pode gerar uma onda antivacina perigosa, que traz consequências muito ruins.

  • Somente as crianças devem ser vacinadas.

MITO! Os adultos também devem se vacinar. É muito importante a vacinação contra o tétano, a febre amarela. E hoje ainda temos à disposição para os adultos vacinas contra o herpes zoster, hepatite A e B, ou seja, uma série de imunizações à disposição dos adultos. Tenha a sua carteirinha de vacinação em dia, pois isso pode garantir saúde e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida.

  • Vacinas podem ter contraindicações.

Verdade. Aqui vale o conceito de vacinar, para estimular o sistema imunológico a criar uma resposta de defesa contra um agente nocivo. Existem dois grupos para contraindicação: aqueles pacientes que não podem receber microrganismos vivos, que são as vacinas atenuadas (febre amarela, sarampo e rubéola) e os que apresentaram reações alérgicas graves contra a vacina. Essas reações alérgicas sempre precisam ser discutidas com o médico.

  • Alérgicos não devem se vacinar.

MITO! Pacientes alérgicos se beneficiam de vacinas contra a gripe e pneumococo, por exemplo. O que precisa é ter cuidado a algum componente que está presente na vacina e que pode desencadear a reação alérgica, como o ovo, por exemplo. Ou se o paciente teve uma reação alérgica grave específica àquela vacina. As vacinas contra a gripe e sarampo são liberadas mesmo pacientes com alergia à proteína do ovo. Não generalize que alérgicos não devem se vacinar pois é o contrário, há grandes benefícios.

  • Sempre que me vacino contra a gripe fico gripada.

Mito! A vacina contra a gripe não causa a gripe, pois é uma vacina inativada e indicada para proteger somente contra um tipo de gripe, que é a influenza. Na época do inverno existem outros vírus, como o rinovírus, que levam a quadros parecidos com gripes, mas não são. A vacina contra a gripe é segura, com uma cobertura ampla e não causa gripe.

  • Quem está com febre não pode se vacinar.

Em parte! Ainda que a febre não seja uma contraindicação total à vacina, podemos ter dois desdobramentos quando se vacina uma criança com febre: não sabemos se o pico de febre está relacionado à vacina ou ao pico infeccioso, e nós, médicos, nos quadros altos de febre, com duração de três a quatro dias, esperamos que ela passe. Causas não conhecidas de febre também pode ser uma contraindicação. Melhor aguardar a criança melhorar.

  • Vacina é perigosa para o idoso.

MITO! Muitos estudos já comprovam que vacinar idosos contra a gripe e pneumonia melhora demais a qualidade de vida desses pacientes e reduz a mortalidade. Vacinar-se contra o tétano é fundamental, a vacina de herpes zoster também é muito importante, já que minimiza uma grande complicação que é a neurite herpética. Portanto o paciente que deseja longevidade precisa ter a carteira de vacinação em dia.

  •  Toda vacina dá reação.

MITO. As vacinas são extremamente seguras. As reações mais comuns acontecem em até 10% dos vacinados, com dor local e febre, que passa em um, dois dias. A maioria não apresenta reação. Mas sempre é aconselhável tirar suas dúvidas com o seu médico.

 

Sobre a Clínica Croce – Formada por especialistas da USP e UNIFESP, desde 1973 a Clínica Croce oferece diagnóstico e tratamento nas áreas de Alergia, Imunologia, Endocrinologia, Endocrinologia Pediátrica, Otorrinolaringologia e Reumatologia.

Fundada pelo Prof. Dr. Júlio Croce, um dos primeiros médicos da Universidade de São Paulo a fazer especialização no tratamento das doenças alérgicas no Brasil e um dos fundadores da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Em 1998, ele passou a direção clínica para o Prof. Dr. Fábio F. Morato Castro, que implantou o Centro de Imunizações.

 

 

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