Criança com mais de 2 fraturas antes dos 10 anos: pode ser osteoporose

Criança com mais de 2 fraturas antes dos 10 anos: pode ser osteoporose

  • Médica fala sobre causas da doença em crianças, adolescentes e adultos jovens
  • A promoção da saúde óssea no adulto começa na infância

#COPEM2023

 

“Em crianças é comum a ocorrência de fraturas dos membros superiores e inferiores, mas elas devem ser investigadas e consideradas de fragilidade óssea quando ocorrem dois ou mais episódios antes dos 10 anos de idade, ou três ou mais fraturas após essa idade. Fraturas de vértebra ou do colo de fêmur são incomuns, e devem também ser sempre investigadas”, alerta Dra. Manuela Rocha Braz, endocrinologista palestrante do 15º Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia – COPEM 2023, organizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP). O evento acontece de 4 a 6 de maio, no Centro de Convenções Frei Caneca.

Ela explica que em crianças, adolescentes ou adultos jovens sempre é importante pensar em causas secundárias para a fragilidade óssea, tal como uso crônico de glicocorticoide, doenças inflamatórias, reumatológicas, disabsortivas, baixo consumo de cálcio ou pouca exposição solar, períodos prolongados de imobilização, anorexia nervosa, deficiências hormonais, em especial hipogonadismo. Além destas, existem as causas genéticas, como a osteogênese imperfeita, que pode ter como única manifestação clínica a fragilidade óssea, e ou a síndrome de Turner, dentre outras condições mais raras.

Diferentemente dos adultos, a densitometria óssea isoladamente não define o diagnóstico de osteoporose em crianças, adolescentes e adultos jovens, mas é uma ferramenta adicional. O diagnóstico é feito apenas na presença de fraturas consideradas de fragilidade ou de causas secundárias.

O tratamento deve ser sempre individualizado. Quando identificada uma causa secundária, a base do tratamento deve ser, sempre que possível, a resolução desta causa. Na ocorrência de fraturas, indica-se sempre medicamento antifratura. Em crianças, o uso de bisfosfonatos é preferível pela ampla literatura mostrando segurança e eficácia, e não se recomenda o uso dos osteoformadores (teriparatida e romosozumabe)”, explica a endocrinologista, cuja tema de aula durante o 15º COPEM é “Investigação e manejo de osteoporose no adulto jovem, crianças e adolescentes”.

Outro medicamento imunobiológico usado pelos especialistas é o denosumabe. Apesar de geralmente seguro, pode desencadear hipocalcemia em crianças, mas, segundo Dra. Manuela, deve-se levar em consideração o planejamento a longo prazo. Já em adultos jovens, não há contraindicação de nenhuma classe medicamentosa pela idade, mas deve-se ter cuidado em mulheres, pois todos os tratamentos para evitar fraturas são contraindicados na gestação e amamentação.

Promoção da saúde óssea na infância – “É durante os primeiros 20 anos de vida que a gente adquire a massa óssea, então é sim um momento crítico para o consumo de cálcio, exposição solar ou suplementação de vitamina D e prática constante de atividades físicas”, recomenda Dra. Manuela.

Para evitar a osteoporose nesta faixa etária é recomendado o consumo equivalente a dois ou três copos de leite por dia, a depender da idade; brincadeiras com movimentação; boa exposição solar; alimentação balanceada com bom consumo de proteínas, medidas que também evitam a osteoporose pós-menopausa e senil.

 

#COPEM2023

Centro de Convenções Frei Caneca, 569, Bela Vista, São Paulo

Rua Frei Caneca

4 a 6 de maio de 2023

www.copem2023.com.br

Credenciamento de imprensa: imprensa@gengibrecomunicacao.com.br

 

Sobre a SBEM-SP

A SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) pratica a defesa da Endocrinologia, em conjunto com outras entidades médicas, e oferece aos seus associados oportunidades de aprimoramento técnico e científico. Consciente de sua responsabilidade social, a SBEM-SP presta consultoria junto à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, no desenvolvimento de estratégias de atendimento e na padronização de procedimentos em Endocrinologia, e divulga ao público orientações básicas sobre as principais doenças tratadas pelos endocrinologistas.

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