Mamas com tamanhos diferentes podem afetar o bem-estar emocional e a socialização

Mamas com tamanhos diferentes podem afetar o bem-estar emocional e a socialização

  • Câncer de mama é uma das causas da assimetria mamária
  • Hormônios da puberdade e ganho ou perda de peso também estão relacionados à assimetria mamária

 

Cada mulher possui um corpo com características próprias, incluindo a aparência das mamas. No entanto, algumas mulheres podem apresentar a assimetria mamária, que pode afetar a autoestima, a confiança, o bem-estar emocional e a capacidade de interação social.

A assimetria mamária é uma condição em que uma mama é significativamente diferente da outra em tamanho, forma ou posição do mamilo. É uma situação comum e que afeta muitas mulheres, independentemente da idade.

As principais causas da assimetria mamária podem estar relacionadas com as seguintes situações:

  • Amamentação: Quando uma mama produz mais leite que a outra pode deixá-la assimétrica.
  • Ganho ou perda de peso: principalmente quando ocorre de maneira repentina.
  • Mudanças hormonais: principalmente na puberdade, gravidez e menopausa.
  • Genética: as mamas já se apresentam de tamanhos diferentes desde o desenvolvimento mamário.
  • Cicatrizes: relacionadas a alguma cirurgia realizada ou até mesmo lesões traumáticas.

“Mas chamo atenção para o câncer de mama, que também pode ser uma das causas da assimetria devido ressecções parciais ou totais, como na mastectomia (retirada da mama), ou cicatrizes causadas durante o tratamento da doença.

Os casos de câncer de mama crescem a cada ano e a demora no atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para as cirurgias de reconstrução mamária afeta ainda mais o psicológico e a autoestima feminina”, comenta o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato.

As sequelas de mastectomia tornam-se cada vez mais um problema sério e dramático na vida destas mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o mais incidente (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025.

Dr. Amato conta que as filas que se formam nos hospitais para reconstrução mamária tardia (aquela realizada posteriormente à mastectomia e ao restante do tratamento oncológico) chegam a vários anos de espera, havendo muitas pacientes ainda sem reconstrução mamária, aguardando tratamento, sendo a grande maioria na rede pública, pois a estrutura atual dos serviços e equipes médicas no SUS ainda não permite a realização da reconstrução para a maior parte das pacientes operadas.

No Brasil, a Lei Nº 10223 de 15/5 2001, que altera a lei 9656 de 3/6/98, fala sobre a obrigatoriedade de cirurgia plástica reparadora da mama por planos e seguros privados de assistência à saúde. Além de uma Jurisprudência garantindo a cirurgia plástica para simetrização das mamas pelo plano de saúde.

 

O tratamento das Assimetrias

“O tratamento cirúrgico varia de acordo com o tipo de assimetria mamária, entre elas cito a mamoplastia redutora, a mamoplastia de aumento com ou sem prótese, a mastopexia com ou sem prótese, a lipoaspiração e o enxerto de gordura”, explica o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato.

Abaixo, Dr. Fernando Amato detalha um pouco mais cada cirurgia que pode ser feita nos casos de assimetria mamária:

Mamoplastia redutora – Também conhecida como redução de mama, é um procedimento cirúrgico que visa remover excesso de pele e tecido da mama para deixá-la mais proporcional ao corpo. A redução de mama pode ser uma opção para mulheres que têm seios muito grandes, o que pode levar a problemas de saúde como dores nas costas, pescoço e ombros, irritação da pele sob os seios e dificuldade em encontrar roupas que ajustem adequadamente. Além disso, há relatos de autoestima baixa.

cirurgia de redução de mama é geralmente realizada sob anestesia geral e dura de três a cinco horas. O cirurgião remove excesso de pele e tecido mamário e, em seguida, reposiciona os mamilos e a aréola para uma posição mais elevada. A cirurgia pode deixar cicatrizes, embora a maioria das mulheres relatem que as cicatrizes são menores do que o esperado e se tornam menos visíveis com o tempo.

Mamoplastia de aumento com prótese de silicone – Nos casos de assimetria, é comum o cirurgião plástico usar próteses de silicone com volumes diferentes.  Mesmo assim, as mamas nunca serão idênticas e com o tempo essa diferença pode ficar mais evidente se a mulher ganhar ou perder peso, engravidar ou amamentar. Por isso, para casos com pequenas diferenças de volume das mamas, Dr. Fernando Amato prefere usar as próteses de tamanhos iguais.

“Para as cirurgias de assimetria mamária também utilizo moldes que facilitam essas escolhas e na consulta faço simulação com uma câmera 3D, que consegue estimar o volume de cada mama, facilitando esse cálculo”, explica Dr. Amato.

Mastopexia – Cirurgia relacionada ao reposicionamento da aréolas, indicado em mamas com ptose, ou seja, caídas. Muitas vezes com flacidez e excesso de pele. Pode ser associada a colocação de prótese e nesse caso chamará de mastopexia com prótese.

Lipoaspiração– uma alternativa para assimetrias de mamas com uma maior proporção de gordura. Porém limitado ao tratamento do tecido glandular.

Lipoenxertia – Conhecido também como enxerto de gordura, a cirurgia visa dar volume à mama com uma aparência mais natural quando comparada à prótese de silicone. É uma excelente técnica para a correção da assimetria mamária. O procedimento utiliza a gordura retirada do próprio corpo (abdômen, coxas e tronco) para remodelar a mama. O ponto positivo dessa cirurgia é poder ter um risco menor de rejeição, já que o material enxertado é retirado do corpo da paciente.

 

“O mais importante é a mulher se sentir bem e confiante com seu corpo, o que pode refletir na qualidade de vida e no emocional”, finaliza Dr. Amato.

 

Sobre o Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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