“Desembrulhar menos e descascar mais”, somado à atividade física, pode ser determinante para a prevenção e controle do diabetes tipo 2
26/06 – Dia Nacional do Diabetes
Dados da Federação Internacional do Diabetes (IDF) mostram que o Brasil ocupa o 6º lugar entre os 10 principais países que têm adultos com diabetes tipo 2, na faixa etária de 20 a 79 anos. No mesmo ranking, ocupa a 3ª posição entre os países com maior prevalência de diabetes tipo 1, com mais de 92 mil pessoas abaixo dos 20 anos de idade, atrás apenas da Índia e Estados Unidos.
O diabetes é uma condição crônica e acontece quando o corpo não produz insulina ou não consegue aproveitar adequadamente a insulina que produz:
Tipo 1: Quando não há insulina suficiente no corpo para que se consiga utilizar a glicose vinda da alimentação. Entre 5% e 10% do total de pessoas têm o diabetes tipo 1 e é mais frequente na infância e adolescência.
Tipo 2: Essa é a condição mais prevalente. Cerca de 90% dos pacientes têm diabetes tipo 2, quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz.
Números do Diabetes:
- 537 milhões de adultos (20-79 anos) vivem com diabetes – 1 em cada 10.
- Este número deverá aumentar para 643 milhões em 2030 e 783 milhões em 2045
- 3 em cada 4 adultos com diabetes vivem em países de baixa e média renda
- O diabetes é responsável por 6,7 milhões de mortes – 1 a cada 5 segundos
- O diabetes causa pelo menos US$ 966 bilhões em gastos com saúde – um aumento de 316% nos últimos 15 anos.
A doença é multifatorial e pode ter predisposição genética, porém, entre os principais fatores para o surgimento do diabetes tipo 2 estão os hábitos de vida, entre eles sedentarismo e o excesso de peso.
A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato comenta que os tratamentos avançaram bastante e atualmente os pacientes com diabetes tipos 1 e 2 contam com novas insulinas, que possuem ação mais prolongada, insulina inalatória e, para o diabetes tipo 2, medicações via oral.
Porém, para controlar a doença, segundo a especialista, não são apenas os medicamentos. “A mudança no estilo de vida é considerada fator essencial para o controle do diabetes. Todos nós precisamos de atividade física, mas o paciente com diabetes precisa ainda mais, aliando alimentação equilibrada e manejo nos níveis de estresse, já que a doença é totalmente influenciada por esses fatores”, explica Dra. Lorena, que sinaliza os pilares da medicina do estilo de vida como ferramenta para reverter a situação de diabetes tipo 2 .
Doença silenciosa – O diabetes tipo 2 raramente apresenta sintomas precoces. Em geral, quando eles surgem, a doença já está instalada há vários anos e, possivelmente, com a presença de complicações relacionadas. Por isso, a endocrinologista ressalta a importância de se realizar check-up anualmente para que o diabetes tipo 2 possa ser diagnosticado precocemente.
“Existem três principais exames para diagnosticar o diabetes tipo 2: a glicemia em jejum de 8 horas, hemoglobina glicada, que mostra a média da glicemia dos últimos três meses, e a curva glicêmica, que é o teste oral de tolerância à glicose”, explica Dra. Lorena.
O diabetes não controlado pode levar a complicações crônicas como a perda da visão, da função renal, perda da função dos nervos e, consequentemente, à condição do pé diabético, que pode provocar a amputação do membro. Riscos de doenças cardiovasculares e cérebro vasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC), são outras complicações que podem surgir devido ao diabetes mal controlado.
Sobre a Dra. Lorena Lima Amato – A especialista é endocrinologista e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
Serviço:
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Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/