Síndrome metabólica: especialista explica o diagnóstico e tratamento

Síndrome metabólica: especialista explica o diagnóstico e tratamento

Exames preventivos podem detectar precocemente a doença

15/07 – Dia Nacional do Homem

Os homens, em geral, têm maior resistência a procurarem auxílio médico para fazer exames de prevenção, que poderiam detectar a síndrome metabólica. O diagnóstico é feito a partir de uma combinação de fatores: aumento da cintura abdominal, pressão arterial alta, colesterol elevado e pré-diabetes ou diabetes.

“Este conjunto de fatores costuma vir como um pacote, eles vêm juntos. Como consequência, leva a aumento no risco de doença cardiovascular (infarte, derrame, problemas circulatórios nas pernas etc.). Ele é decorrente de costumes inadequados, como uma alimentação com baixa qualidade nutricional associada ao sedentarismo”, explica a Dra. Marise Lazaretti Castro, Livre-docente, Profª. Adjunta de Endocrinologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP e diretora da Clínica Croce.

Abaixo, Dra. Marise responde às dúvidas mais frequentes sobre síndrome metabólica:

Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome metabólica?

Obesidade é um dos principais fatores, associados a uma genética desfavorável. O sedentarismo contribui para a obesidade. Esta gordura abdominal que envolve as vísceras, causa uma resistência a ação da insulina, e esta resistência desencadeia todo o processo que leva a síndrome metabólica.

Quais são os sintomas mais comuns da síndrome metabólica?

Muitas vezes, a síndrome metabólica não é reconhecida prontamente pelo paciente, porque os sintomas são inespecíficos. A cintura abdominal é o principal marcador da síndrome metabólica. A gordura chamada de visceral, que fica dentro do abdome, é causadora desta síndrome.

Além do aumento da pressão arterial, as outras características somente são evidenciadas nos exames laboratoriais, como colesterol, triglicérides, glicemia, ácido úrico etc. O excesso de calorias e gorduras pode causar acúmulo no fígado, que no longo prazo pode chegar a cirrose hepática não alcoólica.

Alguns sintomas associados a obesidade seriam cansaço, apneia do sono, edema de membros inferiores, artrose de joelhos. Mais tardiamente, podem surgir as consequências já manifestas, como diabetes descompensado, crise hipertensiva, e até infarto do miocárdio.

Quais são as possíveis complicações associadas à síndrome metabólica?

As doenças cardiovasculares, isto é, doenças das artérias sanguíneas, como infarto, derrame e insuficiências arteriais em membros inferiores que culminam com amputações.

Quais são as principais mudanças no estilo de vida recomendadas para tratar a síndrome metabólica?

A primeira barreira é convencer o paciente a batalhar por uma mudança de estilo de vida, e sabemos que isso não é coisa simples, porém, não é impossível! Depende muito de explicarmos todo o processo e as consequências dessa síndrome. Quando o paciente entende que uma vida longa e saudável dependerá de ele controlar essas alterações, ele se interessa em mudar.

Buscar uma alimentação mais saudável, com menos consumo de alimentos ultraprocessados (industrializados), que são ricos em gorduras saturadas e sal, bebidas alcoólicas em excesso, e carboidratos de absorção rápida, como alimentos ricos em açúcar, massas etc.

Aumentar a quantidade de atividade física, se possível com orientação de um profissional adequado. Suspender o tabagismo também seria uma medida fundamental par reduzir o risco cardiovascular.

Existem medicamentos disponíveis para tratar a síndrome metabólica?

Sim, existem remédios que controlam a pressão arterial (anti-hipertensivos), remédios para reduzir o colesterol “ruim “e o triglicérides, medicamentos para reduzir a resistência à insulina e tratar o diabetes, além de medicamentos que podem auxiliar no processo de emagrecimento melhorando o quadro geral.

A síndrome metabólica pode ser prevenida? Se sim, quais medidas podem ser tomadas?

Sim, pode ser prevenida. A principal medida é manter um peso corporal dentro do normal, através de uma alimentação saudável e de exercício físico regular. E agora temos medicamentos que podem ajudar na prevenção desta síndrome.

É importante destacar aqui que os filhos, além de possuírem a mesma carga genética dos pais, seguem os exemplos de hábitos de vida. Portanto, se não houver uma mudança de atitude dentro de casa, com abolição dos alimentos ultraprocessados, dos doces, do açúcar e de carboidratos ditos vazios, isto é, sem valor nutritivo algum, os filhos poderão ter – futuramente – síndrome metabólica, o que reduzira muito as chances de uma vida longa e saudável.  Pensem nisso!

 

Sobre a Clínica Croce – Formada por especialistas da USP e UNIFESP, desde 1973 a Clínica Croce oferece diagnóstico e tratamento nas áreas de Alergia, Imunologia, Endocrinologia, além de atuar também nas áreas de Vacinas e Infusões de Medicamentos.

Certificado GA²LEN – A Croce é ADcare e Ucare: Poucos centros no mundo detém este certificado de excelência reconhecido pela Global Allergy and Asthma European Network concedido a centros que, no mundo, detêm uma qualidade superior no tratamento de doenças, como a Dermatite Atópica e a Urticária.

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