logo
Populate the side area with widgets, images, navigation links and whatever else comes to your mind.
18 Northumberland Avenue, London, UK
(+44) 871.075.0336
ouroffice@vangard.com
Follow us

Reações alérgicas podem ser desencadeadas em viagem de avião

Reações alérgicas podem ser desencadeadas em viagem de avião

As alergias representam entre 2% a 4% dos problemas médicos a bordo

Você já pensou que aquele amendoim que servem durante os voos pode ser um vilão, desencadeador de reações alérgicas, como a anafilaxia, a mais grave delas? Cerca de 2,75 bilhões de passageiros são transportados pelas companhias aéreas em todo o mundo. Desses, cerca de 9% são alérgicos ao amendoim e apresentam algum tipo de reação alérgica durante os voos.

Uma palestra realizada pelo Dr. Mário Sanchez Borges, Presidente da World Allergy Organization, durante o 44º Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia, mostrou que ocorrem até 44 mil emergências médicas durante voos a cada ano, no mundo. Dessas, 17% dos passageiros são transferidos para o hospital e 4% deles ficam hospitalizados ou vão a óbito.

Os motivos são diversos. Medo de voar, o passageiro leva um remédio para acalmar. O medicamento pode dar reação alérgica. Asma e rinite são outras doenças que podem exacerbar dentro do avião. Mudanças no ambiente da cabine, como temperatura, humidade e pressão atmosférica são alguns dos fatores que impactam na ocorrência das alergias.

As reações alérgicas em voos representam entre 2% a 4% dos problemas médicos a bordo. De 2002 a 2007, foi a 7ª causa mais comum das ocorrências nos aviões. Os problemas respiratórios ocupam o 5º lugar e a asma aparece em 14º. As reações aos alimentos (amendoim, nozes, frutos do mar) ou medicamentos são as mais comuns.

O que pode ser feito pelas companhias aéreas para minimizar as ocorrências de reação alérgica? O Dr. Herberto Chong Neto, diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), dá algumas dicas.

“Os passageiros que solicitam qualquer tipo de atenção especial não devem receber aperitivos como amendoim, nozes e castanhas. É importante evitar o contato dessas pessoas onde possa haver traços de amendoins/castanhas e solicitar uma área separada. Não consumir comida fornecida pela companhia aérea e não usar travesseiros ou cobertores do avião também é recomendável”, orienta o especialista.

Atenção a outras precauções:

  • Promover a prevenção de doenças alérgicas através da educação dos passageiros;
  • Realizar consulta médica para passageiros de alto risco antes de viajar;
  • Treinar a tripulação de voo para prontamente reconhecer as reações alérgicas;
  • Promover medidas preventivas gerais durante o voo: hidratação, prevenção de alérgenos alimentares (especialmente amendoim, nozes, outros alimentos, conforme necessário);
  • Fornecer um lugar apropriado para animais de estimação, longe de indivíduos com alergia;
  • Fornecer quantidades suficientes de medicamentos apropriados: epinefrina (adrenalina), agonistas para inalação e nebulização, corticosteroides orais e injetáveis e anti-histamínicos;
  • Inspecionar um plano de tratamento;
  • Oxigênio.

“Pacientes que tiveram uma reação anafilática uma semana antes da viagem não devem voar. A orientação é procurar o especialista em alergia, que receitará medicamentos que poderão prevenir uma nova reação alérgica grave”, orienta Dr. Chong.