Cigarro está associado à menopausa precoce
A incidência de menopausa antes dos 45 anos pode ocorrer em até 5% das mulheres
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“A ciência tem demonstrado que o cigarro está associado à antecipação da menopausa, que pode ocorrer nas mulheres fumantes até dois anos antes da data que seria a esperada para a última menstruação”, explica Dra. Larissa Garcia Gomes, da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo. Essa associação tem se demonstrado ser associado à carga tabágica, ou seja, quanto maior a quantidade de cigarros e o tempo do tabagismo, maiores as chances de menopausa precoce.
Outras causas da menopausa precoce podem ser: retirada cirúrgica dos ovários, tratamento contra câncer (radiação, quimioterapia), razões genéticas (Síndrome de Turner) e causa autoimune, neste caso geralmente associada com outras doenças autoimunes como a Tireoidite de Hashimoto e a Doença de Graves.
A menopausa altera significativamente a vida da mulher, e sua incidência antes dos 45 anos, pode ocorrer em média até 5% das mulheres. Segundo a endocrinologista, toda mulher que apresente sintomas do climatério como insônia, secura vaginal, irritabilidade, calores excessivos, disfunção sexual, alterações de humor como depressão e ansiedade e ganho de peso devem procurar o endocrinologista. A menopausa precoce, se não tratada, aumenta o risco de doenças do coração e osteoporose. Mas é possível minimizar esses efeitos com prática frequente de atividade física, alimentação saudável e, claro, suspensão de hábitos tabagistas.
A terapia hormonal com estrógenos representa a forma mais efetiva de tratar os sintomas da menopausa, segundo a endocrinologista. A dose da terapia hormonal e forma de administração (comprimidos, gel, adesivos, creme vaginal), assim como os riscos e benefícios do tratamento, devem ser avaliados de forma criteriosa pelo médico que vai acompanhar a paciente.
“Para as mulheres com contraindicação para terapia hormonal, existem outras opções para tratamento dos sintomas de ondas de calor e secura vaginal”, explica a médica, e complementa. “Estudos ainda em fase II de uma nova medicação não hormonal para fogachos denominada ‘antagonista do receptor da neurocinina 3’ demonstraram melhora dos episódios de fogachos em 45%, com poucos efeitos adversos, sendo dessa forma uma medicação bastante promissora”, finaliza Dra. Larissa.
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