O sistema imunológico da gestação à idade adulta

O sistema imunológico da gestação à idade adulta

Ambiente fechado, com ar não renovável, telas eletrônicas em excesso e o sedentarismo comprometem a educação imune adequada

 A grande função do sistema imunológico é reconhecer o que é próprio (self) do que é estranho (non self) fazendo com que de maneira silenciosa o organismo tolere moléculas e células que lhe pertencem de forma que seja desfrutada a festa da vida.

Cabe ainda ao sistema imune eliminar as proteínas estranhas dos micróbios e tolerar os alimentos que são os essenciais para a manutenção da vida e para isso é necessário que compreendamos a importância do microbioma nesta modulação imunológica.

“Precisamos aprender que a função essencial do sistema imune é reconhecer e integrar bem e harmonizar o que lhe é próprio, fazendo do organismo um todo em sua complexidade e, assim, quando isso acontece, a imunidade encontra-se plena e é capaz de reconhecer o que é estranho como os vírus e bactérias com ação na medida certa, sem respostas débeis ou exageradas ou inapropriadas”, explica o Dr. Emanuel Sarinho, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Segundo Dr. Sarinho, a época mais importante para investir em um adequado desenvolvimento do sistema imune abrange desde a gestação até o segundo ano de vida: é a grande janela de oportunidade de investimento na saúde imunológica. Os cuidados iniciam-se pela dieta materna, passam pelo parto vaginal, onde o sistema imunológico entra em contato com as bactérias benéficas, continuam com o aleitamento materno, que além de ser o melhor o alimento também é o melhor potencializador do sistema imunológico, e com uma dieta da criança que deve ser integral, natural e rica em fibras e através do contato da criança com a biodiversidade existente na natureza: ou seja mais espaço verde e azul, que representam uma vida ao ar livre sem poluição.

EII – As imunodeficiências primárias ou erros inatos da imunidade (EII) se manifestam principalmente na infância e podem ser por deficiências de células, de anticorpos e de outros componentes auxiliares do sistema imune. Atualmente, reconhecem-se centenas delas e a cada dia se descobre uma nova deficiência genética imunológica, mas a mais clássica é a deficiência acentuada ou falta dos anticorpos (doença de Brutton ou Hipogamaglobulinemia) e a mais comum é a deficiência de IgA, que pode ser assintomática e ocorre em 1 a cada 500 pessoas.

Adolescência – Da mesma forma que ocorre um marco endócrino e neuropsíquico na transição da infância para a adolescência, podemos dizer que o mesmo acontece com o sistema imune. “Aos 12 anos o sistema imunológico do indivíduo que apresenta desenvolvimento adequado deve continuar a responder aos estímulos internos de tolerância imune com plena harmonia, e apresentar maturidade plena de resposta aos estímulos externos contra proteínas estranhas oriundas de forma a conter e eliminar os agressores com potencialidade plena”, explica o presidente da ASBAI.

A atividade física moderada e regular na criança em idade escolar e no adolescente propicia a finalização adequada da maturação imunológica, que atinge o ápice em torno dos 12 anos de idade na maioria dos indivíduos. O ambiente fechado, com ar não renovável, telas eletrônicas em excesso e o sedentarismo comprometem a educação imune adequada.

 

Sobre a ASBAI

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cuja missão é promover a educação médica continuada e a difusão de conhecimentos na área de Alergia e Imunologia, fortalecer o exercício profissional com excelência da especialidade de Alergia e Imunologia nas esferas pública e privada e divulgar para a sociedade a importância da prevenção e tratamento de doenças alérgicas e imunodeficiências. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 23 estados brasileiros.

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