Neurocirurgião pediátrico alerta para os traumas em época de festas e férias

Neurocirurgião pediátrico alerta para os traumas em época de festas e férias

  • Conheça os sintomas de um traumatismo craniano
  • Veja algumas medidas preventivas de acidentes em crianças (e adultos)

“Nessa época do ano aumentam os casos de traumatismos cranianos em razão da maior circulação de carros e da falta de dispositivo de retenção infantil (cadeirinhas) e uso do cinto de segurança no banco traseiro, sem falar dos equipamentos de proteção em determinadas situações de lazer”, alerta o Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.

As crianças apresentam fragilidades diferentes dos adultos, como por exemplo a estrutura óssea na cabeça e, nos bebês, a fontanela (moleira). As características ósseas e o processo natural de desenvolvimento do andar e do equilíbrio, tornam as crianças mais predispostas a traumatismos, especialmente na cabeça, levando frequentemente a procurar atendimento médico.

“Na maioria dos casos o traumatismo cranioencefálico pode ser considerado leve. Entretanto, nos casos graves a criança pode chegar no hospital em coma e precisar de cirurgia de emergência para tratar hematomas, descomprimir o cérebro ou monitorar a pressão intracraniana”, explica o neurocirurgião pediátrico.

Segundo o especialista, as estatísticas mostram que o traumatismo craniano é mais frequente dos 0 até os 4 anos em razão de quedas; dos 14 aos 24 anos por causa de acidentes de trânsito; e nos indivíduos acima de 65 anos também por causa de quedas.

Dr. Ricardo alerta para os sintomas que chamam atenção para o traumatismo craniano:

– Vômitos;
– Dor de cabeça;
– Sonolência;
– Perda de força ou dificuldades para andar;
– Alterações visuais;
– Confusão;
– Desmaio ou perda de consciência;
– Alterações na memória ou no comportamento;
– Deformidades na cabeça ou afundamentos;
– Qualquer alteração neurológica nova.

Quando algumas das características acima estiverem presentes, o atendimento médico deve ser realizado com urgência.

Algumas medidas podem prevenir os acidentes, principalmente, em crianças:

Nos esportes e brincadeiras:
– Uso de capacetes para o ciclismo, skate, patins, hipismo e patinete, por exemplo.
– Superfícies lisas e brinquedos com peso reduzido nos locais de recreação.

Quedas
– Colocação de redes ou barras nas janelas.
– Não utilizar andadores.
– Evitar lajes ou vãos livres altos.
– Evitar portões próximos às escadas.

Veículos automotores
– Uso de capacetes para motociclista e acompanhantes.
– Uso de cinto de segurança nos automóveis, e próprio para crianças, no banco traseiro.
– Airbags como equipamento obrigatório nos veículos.
– Não beber ou usar drogas ilícitas, principalmente se for dirigir.

 

 

Sobre Dr. Ricardo de Oliveira – Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. É presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (2019/2021). Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.

 

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