Desvendando mitos sobre a epilepsia

Desvendando mitos sobre a epilepsia

Março roxo é o mês dedicado à conscientização sobre a doença

 

“A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro que são recorrentes e geram as crises epilépticas. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas, portanto, a pessoa poderá ter uma crise epiléptica (convulsiva ou não) e não ter o diagnóstico de epilepsia”, explica Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico. Abaixo, o médico desvenda os mitos que cercam a doença.

A epilepsia é uma doença mental. – MITO:  A epilepsia é uma doença neurológica. Em casos graves, e principalmente quando a epilepsia ocorre na população pediátrica, antes de dois anos de idade, o risco de atraso mental é maior.

A epilepsia é uma doença contagiosa. – MITO: A epilepsia é uma doença neurológica não contagiosa. Portanto, qualquer contato com alguém que tenha epilepsia não transmite a doença.

 

Uma crise convulsiva define a epilepsia.MITO: A epilepsia é uma doença frequente que acomete cerca de 1 a 2% da população geral. A convulsão é um tipo de crise epilética, que acontece quando um agrupamento de células cerebrais se comporta de maneira anormal. Um único episódio não indica que a pessoa tenha epilepsia – muito embora a consulta com um especialista seja necessária – e a doença não implica obrigatoriamente em ter distúrbios de comportamento.

Existem situações que podem predispor o aparecimento de uma crise convulsiva, como por exemplo febre, estresse, uso de drogas, distúrbios metabólicos, privação de sono, estímulos visuais excessivos, entre outros. Um episódio único de crise convulsiva não pode ser considerado o diagnóstico de epilepsia.

A epilepsia não tem cura. MITO: Existem várias medicações que são indicadas de acordo com o histórico de cada paciente, porém, nos casos de epilepsia grave e que não respondem ao tratamento clínico, o paciente pode precisar da cirurgia. A tecnologia avançada tem permitido um melhor diagnóstico e o tratamento medicamentoso e cirúrgico têm sido cada vez mais seguro e com melhores resultados.

 

Sobre Dr. Ricardo de Oliveira – Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. É presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica (2019/2021). Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.

 

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