Flacidez abdominal: Cirurgião plástico explica procedimentos e novas tecnologias menos invasivas

Flacidez abdominal: Cirurgião plástico explica procedimentos e novas tecnologias menos invasivas

A flacidez do abdômen está entre as principais insatisfações femininas quando o assunto é estético, mas graças à evolução das tecnologias na especialidade de Cirurgia Plástica, há soluções, principalmente para aquela flacidez de pele localizada ao redor da cicatriz umbilical.

A abdominoplastia está entre os procedimentos indicados para a flacidez abdominal e é uma das cinco cirurgias mais realizadas no mundo, segundo levantamento do Plastic Surgery Statistics Report. No Brasil, a abdominoplastia é muito procurada por mulheres após a gestação.

O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica abaixo como é feita a abdominoplastia e um outro procedimento – usando a tecnologia Bodytite – minimamente invasivo, trabalhando lipólise assistida por radiofrequência com temperatura controlada, capaz de tratar flacidez de pele e gordura localizada.

 

O que é abdominoplastia e como é realizada?

Dr. Fernando Amato – É cirurgia plástica realizada no abdômen e indicada para os casos em que há excesso de pele e gordura nessa região. Vejo muitas pessoas tentando fugir da abdominoplastia e buscando tratamentos que nem sempre vão resolver o umbigo triste.

 

O que é umbigo triste?

Dr. Fernando Amato – É o acúmulo de tecido ao redor do umbigo, que pode aparecer após a gravidez e oscilação de peso, que são algumas das situações que exigem maior elasticidade da pele. Alimentação saudável e prática diária de atividade física ajudam na prevenção. Mas se a situação já está instalada, o melhor é buscar alternativas estéticas para a correção e a abdominoplastia está entre as indicações para corrigir o problema.

Vejo muitas pessoas tentando fugir da abdominoplastia e buscando tratamentos alternativos que nem sempre vão resolver o umbigo triste, como ácido polilático, microagulhamento, rádio frequência, fio de polidioxa (Fio PDO) e fio de sustentação. São alternativas que podem melhorar o aspecto, mas com resultados limitados.

 

Qual a diferença entre abdominoplastia e miniabdominoplastia?

Dr. Fernando Amato A principal diferença da miniabdominoplastia é a quantidade de pele e gordura retirada, a preservação do umbigo na pele (ou seja, sem cicatriz no umbigo) e o seu reposicionamento abaixo da posição original. O resultado é uma cicatriz horizontal um pouco menor do que na abdominoplastia clássica, e um pouco maior quando comparado à cesárea. Existem variações simplificadas dessa técnica em que não é realizada a correção da diástase acima do umbigo, ou simplesmente só é retirado um pouco excesso de pele. Nem todas as pacientes são candidatas a essa cirurgia, indicada, normalmente, para mulheres longilíneas, com uma implantação alta do umbigo e com excesso de pele e gordura apenas abaixo do umbigo.

 

Existem outros tipos de abdominoplastia?

Dr. Fernando Amato – Sim, como a abdominoplastia em âncora, uma opção cirúrgica para pacientes que perderam muito peso, seja com dieta ou com cirurgia bariátrica. Nesses casos, terão uma cicatriz resultante final em âncora, com uma vertical e uma horizontal.

Há também a abdominoplastia invertida ou abdômen reverso, que é uma opção e é mais raro, para tratar o excesso de pele apenas acima do umbigo.

Lipoabdominoplastia, associação de lipoaspiração no abdômen e abdominoplastia. É um pouco diferente de quando se realiza a lipoaspiração no corpo e abdômen, nesse caso é feita a lipoaspiração no próprio abdômen.

 

Existe uma nova tecnologia chamada Bodytite. Ela é indicada para casos de flacidez abdominal?

Dr. Fernando Amato – Sim. Até pode ser realizada com anestesia local e em regime ambulatorial, quando aplicada em pequenas áreas. É uma excelente associação na lipoaspiração, que além de contribuir derretendo a gordura, ajuda na melhora da flacidez, promovendo retração de pele e produção de colágeno.

O bodytite possui cinco ponteiras, sendo três delas cirúrgicas: bodytite, facetite e accutite e o uso de cada uma delas depende do tamanho da área do corpo a ser trabalhada, da espessura da pele e profundidade do subcutâneo, tratando até regiões delicadas no rosto.

 

As outras duas ponteiras são externas e levam o nome de Morpheus Facial e Corporal. São semelhantes a microagulhas, que, por radiofrequência, também estimulam a pele e até gordura em diferentes profundidades. Uma associação muito comum é o uso da Bodytite e Morpheus, com ótimos resultados.

 

Qual a anestesia na abdominoplastia?

Dr. Fernando Amato – Geralmente, na minha rotina, faço a cirurgia com a anestesia geral, mas pode ser realizada anestesia peridural ou raqui anestesia. Ou até mesmo combinada, utilizando a raqui ou peridural apenas para analgesia, associando a anestesia geral.

Existem riscos na cirurgia de abdominoplastia?

Dr. Fernando Amato – Costumo explicar às minhas pacientes que qualquer cirurgia – da considerada a mais simples à mais invasiva – tem riscos. No caso da abdominoplastia pode acontecer acúmulo de líquidos (seroma e hematoma), sangramento, infecção, necrose de pele, abertura dos pontos, cicatrização ruim, perda da sensibilidade e assimetria de cicatriz.

Por isso, é muito importante procurar conversar muito com o médico que realizará a cirurgia, tirara todas as dúvidas e, claro, seguir à risca as recomendações antes, durante e pós cirurgia.

 

Quem faz abdominoplastia pode engravidar?

Dr. Fernando Amato – A cirurgia de abdominoplastia não impede que uma paciente engravide no futuro e muito menos prejudicará o bebê. O que realmente pode acontecer é comprometer o resultado estético da abdominoplastia. Duas sugestões que sempre passo às minhas pacientes são: fazer a abdominoplastia após a gravidez ou evitar muito ganho de peso durante a gestação, após ter feito a cirurgia de abdominoplastia.

 

Sobre o Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

Serviço:

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