“Não podemos esperar que novas pessoas sofram as consequências implacáveis da poliomielite”

“Não podemos esperar que novas pessoas sofram as consequências implacáveis da poliomielite”

Meningite e sintomas neurológicos estão entre os sinais da poliomielite

A poliomielite é uma doença causada por um vírus (poliovírus) da família dos enterovírus, com transmissão através de um ciclo oral-fecal (contato direto ou indireto com fezes de pacientes contaminados) ou por contato de secreções provenientes da faringe de um paciente contaminado

O Dr. José Roberto Mendes Pegler, médico da equipe de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP e da Clínica Croce, explica que a maioria dos pacientes infectados permanecerão assintomáticos, mas alguns podem desenvolver sintomas que vão desde quadros leves (após um intervalo de cerca de 3-6 dias do contato com o vírus, chamado de período de incubação), com surgimento de febre, dor de cabeça e mal estar, até quadros graves (após um período de incubação maior de 7-21 dias) como meningite e sintomas neurológicos que variam desde paralisias motoras localizadas e momentâneas até a paralisia de todos os membros e falência respiratória.

“O Brasil não apresenta novos casos de poliomielite com vírus ‘selvagem’ desde 1989, sendo um exemplo mundial na erradicação desta doença. Porém a queda dos índices de vacinação, que vêm diminuindo progressivamente, torna a população (sobretudo as crianças) susceptível ao retorno desta doença com potencial tão grave e que pode deixar sequelas importantíssimas. Há ainda a circulação do vírus em outros países, em geral aqueles com poucos recursos, e a globalização permite uma rápida circulação de patógenos virais, como presenciamos na pandemia do COVID-19”, detalha Dr. Pegler.

No Brasil existem as vacinas contra a poliomielite em gotas e injetável, cada uma com suas vantagens e ambas muito eficazes em relação à proteção. “A vacina injetável está na forma inativada, não havendo nenhum risco de causar um quadro de poliomielite vacinal (que em geral já é muito mais brando que a doença em si), portanto é preconizada como vacinação no SUS e rede privada para todas as crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade”, explica o especialista da Croce.

A Sociedade Brasileira de Imunizações ainda recomenda reforços com a vacina inativada entre 15 e 18 meses e depois entre 4 e 6 anos. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do SUS utiliza também a vacina oral (em gotas), com um componente de vírus vivo atenuado, que – além da proteção individual – pode gerar imunização em grupo (de rebanho), através do contato de outros indivíduos com estes componentes. Como ela só é preconizada após pelo menos três doses da vacina inativada, há um risco consideravelmente menor de reações com pólio vacinal.

“Muitas vezes, a eficácia na erradicação de uma infecção, conquistada através de um esforço em conjunto hercúleo de saúde pública e da população, pode levar à falsa impressão de que esta doença não é mais um problema, gerando queda nos índices de vacinação. Não podemos esperar que novas pessoas sofram as consequências implacáveis da poliomielite para que então a população recobre a consciência da importância da vacinação. É necessário agir imediatamente para que todas as crianças possam continuar crescendo num país livre da poliomielite”, alerta Dr. Mendes Pegler.

 

Sobre a Clínica Croce – Formada por especialistas da USP e UNIFESP, desde 1973 a Clínica Croce oferece diagnóstico e tratamento nas áreas de Alergia, Imunologia, Endocrinologia, além de atuar também nas áreas de Vacinas e Infusões de Medicamentos.

Certificado GA²LEN – A Croce é ADcare e Ucare: Poucos centros no mundo detém este certificado de excelência reconhecido pela Global Allergy and Asthma European Network concedido a centros que, no mundo, detêm uma qualidade superior no tratamento de doenças, como a Dermatite Atópica e a Urticária.

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